Livros

12 livros para 2025: minhas metas de leitura

Se você tem um pouquinho de convivência comigo, deve saber como nos últimos anos eu diminuí drasticamente minhas leituras por hobby. Isso aconteceu por alguns motivos: o primeiro deles é o trabalho. Eu passo o dia todo lendo, editando, revisando, estudando… Então, eu fico muito cansada mentalmente. Quando termino de trabalhar, o que eu menos quero é ler alguma coisa; e o segundo deles foi o mestrado. Mas que acabou, graças a Deus. Por isso, eu tenho uma meta razoável de ler um livro por mês. Acho razoável, sim, porque eu sempre fui uma leitora voraz, já cheguei a ler mais de 50 livros num ano (quando eu era mais jovem e tinha mais tempo). Para voltar a pegar o ritmo, um por mês acho muito bom, até porque alguns são fininhos.

Então vamos lá. Vou colocar aqui a lista de livros. Ah! Lembrando que todos esses eu já tinha na minha estante, porque eu acho que não preciso gastar mais dinheiro com livros, sendo que tenho tantos interessantes não lidos dentro de casa.

É isso… Bora…

O amor nos tempos do cólera

Autor: Gabriel García Marquez

Sinopse: Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garciá se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse. Essa é a história real dos pais de Gabriel García Márquez e foi ponto de partida de O amor nos tempos do cólera , que acompanha a paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza. O livro começou a ser escrito em 1984, em Cartagena de las Índias, ao final do ano sabático que García Márquez se concedeu após receber o Prêmio Nobel. Ali, o autor recolheu alguns dos episódios contados no livro, como a epidemia de cólera que assolou a cidade no final do século XIX ou o naufrágio do galeão espanhol San Jose, carregado de jóias. O amor nos tempos do cólera , como seu próprio nome entrega, é uma belíssima história de amor, daquela pontuadas por cartas perfumadas e pétalas de flores prensadas entre as folhas. E não apenas uma simples história, mas um grande tratado do amor. O tratado nunca escrito por Florentino Ariza, que guardava em três volumes três mil modelos de cartas para namorados, nos quais estavam todas as possibilidades do amor. O amor apaixonado da adolescência, o amor conjugal, o clandestino, o tímido, o amor sexual ou libertino. O tédio do amor, suas lutas, esquecimentos, metamorfoses, suas deslealdades e doenças, triunfos, angústias e prazeres. O amor por carta, o despertar desse amor, próximo ou distante, o amor louco. O amor de meio século, que encontra os amantes septuagenários se tocando pela primeira vez. O amor que se guarda e espera, enfim, sua realização.

A falsa princesa

Autora: Eilis O’Neal

Sinopse: De acordo com o oráculo, existia uma possibilidade de a princesa morrer assassinada antes de seu décimo sexto aniversário. Tudo que o oráculo viu foi sangue e a princesa morta neste salão.
Mas eu tenho dezesseis anos, pensei, atordoada. Era isso que eles queriam me dizer, que agora eu estava segura? Meu pai continuou, e ele falava cada vez mais depressa. A princesa era a única herdeira. Tínhamos que mantê-la segura a qualquer preço… Escondemos a princesa, de forma que ela permanecesse segura até depois do décimo sexto aniversário. E a substituímos por outro bebê, uma princesa falsa. Você. Estou sozinha, pensei, olhando em volta pelo Salão. Tudo isso, toda a minha vida, tudo havia sido um sonho. E estava chegando ao fim. Qual é meu nome? perguntei. Pela primeira vez, a Rainha se moveu e levantou a cabeça para olhar para mim. Sinda ela falou com voz fraca. Ele disse que seu nome era Sinda.

Carne crua

Autor: Rubem Fonseca

Sinopse: Em Carne Crua, Fonseca reúne 26 contos que mantêm a crueza e a violência dos assassinos, traidores e injustiças sociais, mas também desvelam a busca insaciável pelo desconhecido, a ternura oculta nas histórias de amor e até um flerte ocasional com a poesia. Este livro é uma jornada vertiginosa pelas profundezas da condição humana, uma experiência literária visceral que irá arrebatar sua mente e suas emoções. Prepare-se para um mergulho nas entranhas da literatura de Fonseca, onde cada palavra é uma lâmina que corta fundo e deixa sua marca. Esteja pronto para se entregar à intensidade crua das palavras de um dos maiores escritores do Brasil.

Herdeiras do mar

Autora: Mary Lynn Bracht

Sinopse: Quando Hana nasceu, a Coreia já estava sob ocupação japonesa, e por isso a garota sempre foi considerada uma cidadã de segunda classe, com direitos renegados. No entanto, nada diminui o orgulho que tem de sua origem. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo , ou seja, uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo uma tradição secular. Na Ilha de Jeju, onde vivem, elas são as responsáveis pelo mergulho marinho ― uma atividade tão perigosa quanto lucrativa, que garante o sustento de toda a comunidade. Como haenyeo , Hana tem independência e coragem, e não há ninguém no mundo que ela ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais nova. É justamente para salvar Emi de um destino cruel que Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria. A Segunda Guerra Mundial estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de adolescentes coreanas, Hana se torna uma “mulher de consolo”: com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra. Em Herdeiras do mar , Mary Lynn Bracht lança mão de uma narrativa tocante e inesquecível para jogar luz sobre um doloroso capítulo da Segunda Guerra Mundial ainda ignorado por muitos.

Salvar o fogo

Autor: Itamar Vieira Junior

Sinopse: Neste novo romance, Itamar Vieira Junior se reafirma como um dos maiores contadores de histórias da língua portuguesa. Em Salvar o fogo, o autor baiano constrói uma narrativa em que nos tornamos íntimos de seus personagens e nos comovemos com suas trajetórias tão particulares. O centro da trama é ocupado por Luzia do Paraguaçu, mais uma de suas criações inesquecíveis ― uma mulher que busca na coragem o caminho para ultrapassar as maiores injustiças. Órfão de mãe, Moisés encontra afeto em Luzia, estigmatizada entre a população por seus supostos poderes sobrenaturais. Para ganhar a vida, ela se torna a lavadeira do mosteiro da região e passa a experimentar uma vida de profundo sentido religioso, o que a faz educar Moisés com extrema rigidez. Épico e lírico, com o poder de emocionar, encantar e indignar o leitor, Salvar o fogo nos mostra que os fantasmas do passado de uma família muitas vezes não se distinguem das sombras do próprio país. Com maestria, Itamar Vieira Junior mescla a trajetória íntima de seus personagens com traços da vida brasileira. Uma trama permeada de traumas do colonialismo, que permanecem vivos, como uma ferida que se mantém aberta.

A cidade sitiada

Autora: Clarice Lispector

Sinopse: A cidade sitiada faz parte do conjunto de três romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coração selvagem , foi lançado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta à irmã, Tania, “quando terminei o último capítulo, fui para o hospital dar à luz o menino”. Esse detalhe íntimo poderia ser supérfluo caso A cidade sitiada  não estivesse tão completamente entrelaçado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma “solidão vazia” e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrécia Neves, sofria no subúrbio de São Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: “É ruim estar fora da terra onde a gente se criou, é horrível ouvir ao redor da gente línguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar também nos encaram como pessoas gratuitas.” Foi esse sentimento de absoluto não pertencimento, de total estranhamento e mútua desconfiança que Clarice transpôs para Lucrécia, fazendo-a tão sem graça quanto as jovens suíças, “de cara séria, sem vaidade”, que só conseguem ser “engraçadinhas no verão”. Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suíça, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insípido e atrasado subúrbio de São Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior à medida que o “progresso” o vai desfigurando ao final da narrativa. Lucrécia é uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma força da natureza que não aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutiérrez: “Este livro, que Santiago Dantas considerou ‘denso e fechado’, é um ponto de mutação, que já anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinária liberdade criativa de Laços de família e de A maçã no escuro.

Quédate conmigo (Español)

Autora: Lorena Franco

Sinopse: Quédate conmigo narra una intensa historia de amor de manera íntima y en primera persona, desde el momento en el que Claudia está a punto de perder su vida a causa de un fatídico accidente. Le habla a Ismael, el gran amor de su vida, que será quien deberá decidir el duro momento en el que desconectar las máquinas que mantienen en este mundo a Claudia. Ella, un alma entre este y el otro mundo, recordará su historia, la de ambos, esos momentos importantes y decisivos que marcaron sus vidas.

O tatuador de Auschwitz

Autora: Heather Morris

Sinopse: Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração da Alemanha nazista e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas. Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam, trazidos pelos nazistas – literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo. Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que nele tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente.

Libertação

Autora: Imogen Kealey

Sinopse: Para os Aliados, ela era uma destemida combatente, fundamental em operações especiais, uma mulher à frente de seu tempo. Para a temida Gestapo, a polícia secreta do regime nazista, ela era um fantasma, uma sombra… e a pessoa mais procurada do mundo, com uma recompensa de cinco milhões de francos por sua cabeça. Seu nome era Nancy Wake. Agora, a lenda dessa fascinante heroína será contada pela primeira vez. Em meio à incrível missão para salvar o homem que ama, essa mulher irá mudar o rumo da guerra e se vingar brutalmente de todos aqueles que ousaram cruzar seu caminho.

O guardião de livros

Autora: Cristina Norton

Sinopse: Uma escrava muda conta um segredo guardado durante 200 anos; um escravo apaixona-se por quem não deve; uma carioca leva um português a descobrir as delícias do sexo; um cientista judeu a quem são confiados dois livros raros naufraga nas ilhas Malvinas. Estas são algumas das personagens deste romance, que nos narra a vida de Luís Joaquim dos Santos Marrocos, um bibliotecário hipocondríaco que, em 1811, atravessa o Atlântico rumo ao Brasil acompanhado por 76 caixotes cujo conteúdo era verdadeiramente precioso; no seu interior seguia a Real Biblioteca do Palácio de Ajuda, inicialmente esquecida no cais de Belém aquando da saída apressada da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. A autora descreve-nos uma vida rica em acontecimentos inesperados, onde a ironia se mistura com momentos comoventes.

Tudo é rio

Autora: Carla Madeira

Sinopse: Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso. Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “ Tudo é rio  é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.” A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem.

O castelo de papel

Autora: Mary del Priore

Sinopse: Conhecida por combinar o rigor da pesquisa historiográfica com uma narrativa fluida e romanceada, a historiadora Mary del Priore narra O castelo de papel, episódios importantes da história recente do Brasil, como a Guerra do Paraguai, a Proclamação da República e a abolição dos escravos, a partir da trajetória da princesa Isabel e do conde d’Eu.
Protagonistas de uma história de amor digna de conto de fadas – a união por interesse familiar não impediu que fossem apaixonados por toda a vida – o casal, que teve fundamental importância na corte brasileira, representa o retrato acabado do romance do século XIX.
Baseado em uma vasta documentação, O Castelo de Papel, finalista do Prêmio Jabuti na categoria Biografia, reconstrói o mundo que dava sentido ao romance dos dois personagens, conduzindo o leitor a um dos períodos mais interessantes de nossa história. Um tempo onde reis perdiam suas coroas, barões eram aposentados de sua grandeza, mas que, como mostra o romance, príncipes e princesas ainda casavam e eram felizes para sempre.

Os livros estão em ordem aleatória. Foi da maneira que eu fui escolhendo, mesmo. Mas depois que eu fui colocando aqui, eu percebi a quantidade de livros escritos por mulheres que eu estava pegando, e então decidi fazer um gráfico para ver se minhas escolhas estavam de acordo com o que eu acredito.

Antigamente, eu lia a maioria esmagadora de livros internacionais. Se em 2025 eu escolhi metade deles nacionais, eu vejo que estou melhorando MUITO. Outra coisa foi em relação à quantidade de ficção histórica. Sempre os que eu mais me interesso tem História (com H maiúsculo mesmo) junto. Nenhuma surpresa pra mim. E o fato de ter só 3 livros escritos por homens tem muito a ver com a maneira que eu vejo a escrita entre homens e mulheres. Tanto que minha editora só tem livros escritos por elAs. Eu prefiro consumir textos de mulheres e tenho dificuldade para me conectar com coisas que homens escrevem por N motivos, que depois eu posso fazer um post ou um vídeo explicando. Então dos 3 escolhidos escritos por homens, um foi do Rubem Fonseca, que é um autor que eu já leio desde a adolescência, um Itamar, porque sim, eu PRECISO ler esse livro, e um Gabo, que dispensa comentários.

E você? Tem metas de leituras para 2025? Gostou das minhas escolhas? Deixe aqui nos comentários. Beijos!

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